Após suicídio de escrivã mineira, SINDIPOL alerta para casos de problema mental e assédio na PC do Paraná

Após a morte de uma escrivã da Polícia Civil de Minas Gerais, que ceifou a própria vida com fortes indícios de que sofria pressão psicológica e assédio moral, o Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (SINDIPOL) faz um alerta para as condições de trabalho entre os policiais do Paraná.

De acordo com o presidente do SINDIPOL, Eli Almeida de Souza, a falta de efetivo acarreta em grandes demandas para os policiais da ativa, o que faz com que o trabalho seja feito sob pressão e até mesmo acarretando em problemas de saúde.

“A realidade da Polícia Civil do Paraná não é muito distante da Polícia Civil de Minas Gerais. Aqui também temos delegacias operando com pouco efetivo e muita demanda em cima dos policiais, ocasionando pressão psicológica e adoecimento dos profissionais. Infelizmente o suicídio desta escrivã não é um fato isolado”, afirma.

O presidente também lamenta mais esta fatalidade sofrida por uma profissional que dedicava sua vida em prol da Segurança Pública.

“Nós do SINDIPOL nos solidarizamos com a família, amigos e companheiros de trabalho da escrivã Rafaela Drumond. Sabemos o tamanho da dor de uma perda irreparável como esta e pedimos aos policiais da nossa base sindical que nos tragam denúncias de possíveis casos de assédio, pressão psicológica e abuso dentro da Polícia Civil do Paraná”, conta.

ENTENDA O CASO

A Polícia Civil de Minas Gerais abriu um inquérito para investigar a morte de uma escrivã de 31 anos, encontrada sem vida em Antônio Carlos. O caso foi registrado como suicídio após a descoberta feita pelos pais da vítima.

A escrivã trabalhava na delegacia de Carandaí. O Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil recebeu denúncias de assédio moral, assédio sexual e sobrecarga de trabalho sofridos pela vítima.

A Polícia Civil aguarda a conclusão das investigações para tomar as medidas legais adequadas.